Como a Bosch está repensando seus escritórios com tecnologia e IA

Lições de uma gigante industrial sobre o futuro dos espaços de trabalho

O modelo de trabalho híbrido consolidou uma nova realidade nas empresas enterprise. Mais do que equilibrar o presencial e o remoto, o desafio agora é outro: como repensar a ocupação dos espaços físicos com inteligência, dados e foco nas pessoas?

No terceiro episódio do Woba Convida, conversamos com Douglas, diretor de Facility Management e Real Estate da Bosch América Latina, que compartilhou como a multinacional tem adaptado sua estratégia de espaços para acompanhar essa transformação.

A seguir, você confere os principais aprendizados que podem inspirar a sua empresa:

🧠 Escritório como extensão da cultura, não só da operação

Durante a pandemia, muitas empresas se perguntaram: “será o fim dos escritórios?“. A resposta da Bosch foi clara: os escritórios continuam, mas com um novo propósito.

“O escritório não é mais o lugar onde você ‘precisa estar’. É onde você quer estar — para se conectar, pertencer, colaborar.” — Douglas, Bosch

Os espaços físicos passaram a ser desenhados com foco em:

  • Interação entre equipes e áreas
  • Fortalecimento do senso de identidade organizacional
  • Trocas espontâneas e informais
  • Reforço à cultura corporativa

🏢 Flexibilidade e inteligência: a nova lógica da ocupação

Com mais de 37 unidades na América Latina, a Bosch atua com diferentes modelos de ocupação — desde plantas industriais até escritórios comerciais em centros urbanos. Diante dessa diversidade, a empresa vem apostando em:

  • Redução de ativos subutilizados
  • Conversão de espaços fixos em áreas colaborativas
  • Uso de escritórios flexíveis para hubs locais e times comerciais
  • Locação sob demanda de salas de reunião e espaços de eventos

💡 Destaque: em diversas localidades, a Bosch migrou de modelos tradicionais de locação para contratos mais curtos e flexíveis, aproveitando soluções como a plataforma da Woba para escalar com mais agilidade e controle de custos.

📊 Dados como base para decisões estratégicas

Para garantir eficiência, a Bosch vem estruturando uma gestão orientada a dados. Entre os principais indicadores analisados:

  • Ocupação por dia da semana e por área
  • Volume de refeições em refeitórios (como proxy de presença)
  • Acesso por catracas e crachás
  • Utilização real de salas, andares e posições
  • Comparativo entre espaços fixos e flexíveis

Com isso, a empresa consegue ajustar seus ambientes de forma contínua, sem desperdícios ou suposições.

🤖 Tecnologia e IA na gestão de espaços

A Bosch já utiliza ferramentas de inteligência artificial generativa em ambientes internos, garantindo segurança e performance no processamento de dados sensíveis. As aplicações incluem:

  • Análise preditiva de ocupação com base em sensores e históricos
  • Otimização do sistema de gestão predial
  • Atendimento aos técnicos via linguagem natural
  • Em breve, IA voltada à experiência do colaborador, otimizando reservas, sugestões de espaços e rotinas operacionais

“Queremos que a tecnologia não apenas melhore a gestão, mas amplifique a experiência dos usuários finais.” — Douglas

🔁 Escritórios flexíveis como aceleradores de adaptação

A Bosch tem adotado espaços sob demanda para sua força de vendas e times regionais — com ganhos em mobilidade, tempo, economia e bem-estar.

Dois modelos estão em alta:

  • Hub local fixo, com contrato flexível para times que têm uso mais frequente
  • Uso 100% sob demanda, para colaboradores que precisam de um espaço apenas pontualmente (como reuniões ou treinamentos)

Essas soluções permitem que a empresa se adapte rapidamente conforme as necessidades do negócio — sem CAPEX, com dados em tempo real e gestão centralizada.

🤝 Espaço é estratégia: integração entre Facilities, Real Estate e People

A interseção entre áreas de Facilities, Real Estate e RH tem sido essencial na Bosch para fomentar uma cultura de pertencimento e colaboração.

Iniciativas como:

  • Rituais intencionais de encontros presenciais
  • Espaços projetados para interações informais (ex: cafés, lounges, áreas abertas)
  • Ações para reforçar a saúde social dos colaboradores

…têm se mostrado cruciais para engajamento e longevidade da força de trabalho.

Conclusão: o escritório continua essencial — desde que evolua com o negócio

A Bosch mostra que escritórios bem geridos não são um custo, mas um investimento em cultura, produtividade e performance organizacional.

Com uso inteligente de tecnologia, dados e soluções como a Woba, sua empresa também pode:

  • Reduzir custos com ativos imobiliários
  • Adaptar espaços com velocidade e segurança
  • Criar ambientes que engajam, integram e impulsionam resultados

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